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Relatório executivo do projeto: Estudo de impacto da dinâmica comercial e integração regional considerando um eventual Acordo Equador - China


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Resumo:

O Ministério da Produção, Comércio Exterior, Investimentos e Pesca do Equador (MPCEIP), no âmbito dos processos de avaliação levados adiante pelo Vice-Ministério do Comércio Exterior para a busca de novos mercados de exportação, propôs a realização de um estudo que permitisse conhecer o eventual impacto de um Acordo Comercial entre o Equador e a China no âmbito de acesso a mercados, serviços e investimentos. Foi proposto, ainda, que esse estudo incluísse a análise dos efeitos decorrentes para a constituição de cadeias de valor regionais dentro do espaço intrarregional conformados pelos países-membros da ALADI.

Nesse sentido, foi encomendado à CEPAL o estudo de um eventual Acordo Equador-China, bem como a análise das relações comerciais bilaterais entre os países-membros da ALADI e a China, as quais têm se consolidado durante os últimos quinze anos, de níveis muito baixos no ano 2000, até significar em torno a 14% das exportações do grupo e 21% das importações do grupo, no período 2020-2022.

O surgimento da China como grande ator na economia mundial tem uma dupla repercussão para os países da região visto que se transformou no principal destino de seus produtos primários. Ademais, a China é a origem de grande parte das importações de bens intermediários e maquinarias e equipamentos concorrendo no segmento de produção de bens manufaturados dentro da região, principalmente da Argentina, Brasil e México (Duran y Pellandra, 2017).

A grande transformação da China acelerou-se com seu acesso à Organização Mundial do Comércio em 2001. A partir de então seu comércio expandiu-se exponencialmente. A China também assinou um conjunto de acordos comerciais estratégicos que lhe permitiram consolidar suas cadeias de valor na Ásia. O mais importante deles é a Associação Econômica Integral Regional (RCEP pelas suas siglas em inglês), assinado em novembro de 2020 e que entrou em vigor em novembro de 2021. Este acordo inclui 15 economias da Ásia Pacífico, as quais representam cerca de 30% do PIB mundial e um terço da população do planeta.

Na América Latina, a China tem acordos de livre comércio com Chile, Costa Rica e Peru, aos que se acrescenta o recentemente assinado com o Equador (ainda não vigente).

Por sua vez, o Equador está impulsionando um processo de maior abertura comercial que busca abrir novos mercados para sua oferta exportável e atrair investimentos de seus principais parceiros comerciais. O Equador conta com um Acordo de Parceria com a União Europeia e amplas relações comerciais na América do Sul, ao ser parte da Comunidade Andina, parceiro do MERCOSUL, e ter um acordo comercial com o Chile. Atualmente negocia um acordo comercial com o México, a partir do qual aspira ser membro pleno da Aliança do Pacífico.

Em janeiro de 2022, assinou um memorando de entendimento com a China para iniciar negociações comerciais com vistas a alcançar um acordo de livre comércio e investimentos com esse país. Ambos os países estabeleceram como meta alcançar esse acordo durante 2022. O presente estudo objetivou, mediante diversas metodologias, realizar uma avaliação dos possíveis impactos que receberia o Equador após a assinatura de um acordo comercial com a China.








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