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Carlos Chacho Alvarez inaugurou a atividade, diante da presença de representantes de mais de 600 empresas da América Latina. “É necessário avançar na construção do nosso mercado interno latino-americano”, afirmou o Secretário-Geral da ALADI. O Secretário-Geral da ALADI, Carlos Chacho Alvarez, junto ao Presidente uruguaio, José Mujica, abriram a EXPO ALADI – Uruguai 2014 diante da presença de representantes de mais de 600 empresas, provenientes dos 13 países-membros da Associação Latino-Americana de Integração (ALADI). Na abertura estiveram presentes também o Chanceler Luis Almagro e a Presidenta do Comitê de Representantes da organização, Embaixadora Aída García Naranjo Morales. Carlos Chacho Alvarez destacou as mudanças que acontecem em nível internacional na geografia econômica comercial. “Estamos atravessando mudanças muito fortes em nível internacional, de todo ponto de vista. E por primeira vez em muito tempo estas mudanças encontram a América Latina com a possibilidade de protagonizar muito mais tanto o comércio internacional, como também ter mais protagonismo político e tornar-se um ator importante na reconfiguração desta realidade mundial. A América Latina se apresenta hoje em uma conjuntura muito amigável à possibilidade de avançar em sua integração e em seu protagonismo”. O Secretário-Geral da ALADI enfatizou em que já não há um mundo de hegemonias excludentes, mas um mundo mais aberto, que permite maiores possibilidades de negócio e comércio. “É muito bom e necessário avançar na construção do nosso mercado interno latino-americano. Isto significa gerar um maior fluxo de intercâmbios, trabalhar para produzir melhor, incorporar valor e tornar mais denso o tecido comercial da América Latina, para torná-lo um ator econômico de peso. O principal desafio para a ALADI consiste em ampliar o mercado interno e promover o mercado internacional. Trabalhar juntos e construir uma América Latina melhor”, destacou o Secretário-Geral da ALADI. Por sua vez, o Presidente José Mujica questionou a forma de integração que atualmente levam adiante os países da região e propôs essa oportunidade para “pensar”. “Por que custa tanto, por que passam tanto as décadas, por que temos tanto discurso de aproximar-nos a um desenvolvimento de mercado comum, e que enorme fraqueza política para concretizá-lo do ponto de vista real. Que coisas nos acontecem ou que coisas não nos acontecem?”, perguntou-se o Presidente, o que gerou aplausos entre os empresários da região. “Queremos integrar-nos na América Latina mas praticamos o protecionismo entre nós. Nos estamos dando um tiro no pé”, disse o Presidente responsabilizando por isto as políticas regionais. “Estamos fracassando no campo político. Realizamos muitas reuniões de caráter internacional e não sai nada. Ou o que sai às vezes não o respeitamos”. Mujica manifestou que o planeta “mais do que nunca está precisando” acordos de caráter mundial, visto que há problemas que vão se acumulando que não os pode arrumar um único país, ou um grupo de países. A esse respeito, o Presidente afirmou que está de acordo com integrar-se com quem se descuidar. “E digo abertamente, porque somos um pequeno país. Estamos condenados a lutar por uma abertura. Mas ainda os maiores países já não podem viver isolados ou sós”. O Presidente fez referencia à China, um mercado que não podemos ignorar. “Não podemos ignorar no mundo de hoje o peso da economia chinesa e não considero inteligente construir blocos contra isso, considero inteligente lutar por um mundo cada vez mais aberto, com menos blocos e menos barreiras. Os latino-americanos temos que juntar-nos mais, mas ao mesmo tempo ter a capacidade de sair para negociar com todos”, finalizou. Por sua vez, o Chanceler Luis Almagro manifestou a necessidade de criar mais capacidades comerciais entre os países da região, embora tenha destacado as falências existentes atualmente. “Definitivamente falta muita integração e conexão entre os nossos povos. As conectividades que temos são ínfimas, precisamos outra agenda quanto à geração de um comércio de serviços ampliado, um âmbito de desenvolvimento de infraestrutura. Esta EXPO ALADI é um acontecimento muito importante, mas não pode ficar nisto, temos que continuar gerando estes vínculos. E quando isto terminar, é necessário pensar em organizar a segunda EXPO ALADI”.
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