Processo de Integração

   Comércio Regional

   A importância do comércio intra-regional na conjuntura atual

Após quatro trimestres de queda, as exportações do conjunto dos países-membros da ALADI retomaram o crescimento a partir do último trimestre de 2012. Até o momento, a recuperação vem sendo moderada e o seu nível apenas supera o máximo atingido no terceiro trimestre de 2011.

Uma característica destacada da recente evolução das vendas externas da região é a heterogeneidade de comportamentos segundo os diferentes destinos. A China continua sendo o mercado mais dinâmico para as exportações da ALADI. Após um importante recuo, entre o primeiro e o terceiro trimestre de 2011, as colocações no gigante asiático voltaram a crescer de maneira firme (23% anual).

O dinamismo das exportações para a China é explicado pelo bom ritmo da expansão mostrado pela economia desse país. Não obstante, cabe salientar que o crescimento do PIB chinês tem se desacelerado de forma notória, passando de 10% anual, em meados de 2011, para 6,5% anual, no primeiro trimestre de 2013.

Exportações totais e para China

Os demais destinos das exportações regionais que mostraram uma tendência positiva no passado recente foram Estados Unidos, Japão e ALADI. Nos três casos, os crescimentos foram moderados, ganhando destaque, neste segundo grupo, o comércio intra-ALADI, pelo seu dinamismo relativo maior (12% anual). Já as vendas externas para os Estados Unidos não pararam de aumentar desde o colapso do comércio em 2008. No entanto, a partir de 2011 o seu ritmo de expansão tem diminuído significativamente (de 27% a 3% anual).

 

Exportações para a ALADI, EUA e Japão

As exportações da ALADI para o demais destinos encontram-se em uma etapa contrativa, embora existam importantes diferenças quanto à magnitude e ao momento do início da retração. Por um lado, as vendas para a América Central e o Caribe não pararam de cair desde o início de 2008 e, atualmente, encontram-se 42% abaixo do nível que apresentavam no início de 2008.

Por outro lado, as exportações para a União Europeia começaram a diminuir na segunda metade de 2011 e já se encontram abaixo do seu nível prévio à crise (-4%). Por último, as colocações nas Economias Asiáticas de Recente Industrialização – grupo compreendido por Coreia do Sul, Filipinas, Indonésia, Malásia, Cingapura, Tailândia e Taiwan – e em outras áreas têm se comportado de forma instável desde o ano de 2011 e têm caído nos dois últimos trimestres.

Exportações da União Europeia, Economias de Recente

Industrialização, América Central e Caribe e outras áreas

Em síntese, em um contexto em que a economia chinesa tem se desacelerado e em que as vendas para os restantes mercados extra-regionais exibem até o momento um magro desempenho, a consolidação da recuperação do comércio intra-ALADI passa a ser chave para que a região possa sustentar a expansão registrada pelas suas exportações.

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