Processo de Integração

   Comércio Regional

   Prometedora recuperação do comércio intra-regional a finais de 2012

Há aproximadamente dois anos que o comércio intra-regional perdeu o dinamismo com que contava no período imediatamente posterior ao colapso de 2008 provocado pela crise mundial. Porém, as recentes cifras do indicador TENCI (Tendência-Ciclo do Comércio Intra-regional) registram uma prometedora recuperação.

Após a forte queda registrada em 2008 e até os primeiros meses de 2009, o comércio entre os países-membros da ALADI passou por um período de forte recuperação que se estendeu até meados de 2011, crescendo a um ritmo de 31% anual.

Posteriormente, a desaceleração do nível de atividade econômica na região começou a repercutir negativamente no comércio intra-ALADI. O crescimento do PIB da ALADI caiu de 5,6% para 2,3% entre o primeiro trimestre de 2011 e o terceiro de 2012. Como consequência, o intercâmbio comercial intra-regional perdeu dinamismo no segundo semestre de 2011, registrando, depois, uma breve e moderada queda (-5,6%) até julho de 2012.

Não obstante, o comércio intra-ALADI começou a evidenciar uma recuperação nos últimos meses do ano passado, que vem em aumento há quatro meses, porém moderado (1,7%), não compensando, ainda, a queda prévia.

Apesar das últimas cifras serem auspiciosas, devemos considerar, como rasgo importante da referida recuperação, que o fluxo principal bilateral do comércio intra-ALADI ainda mostra uma tendência negativa. De fato, em um cenário onde a maioria de fluxos está crescendo, as exportações do Brasil para a Argentina continuaram diminuindo no fim do ano de 2012, acumulando uma queda de -24% no último ano e meio. Contrariamente, as vendas argentinas para o mercado brasileiro –segundo fluxo bilateral em importância- exibiram una trajetória ascendente nos últimos oito meses (+24%).

Por tudo isto, é preciso ser cauteloso quanto à recuperação exibida pelo comércio intra-ALADI nos últimos meses, em um tempo de grandes expectativas sobre se as cifras correspondentes aos primeiros meses de 2013 permitirão confirmar a consolidação desta tendência positiva.

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